quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O que o imediatismo não nos permite ver


     Há mais ou menos 2 anos eu perdi na segunda fase da OAB. Tirei 5,3, e nota para passar era 6. Na época fiquei bem triste, ainda mais que tinha sido por tão pouco, quase passei. Tinha sido um período exaustivo de aula pela manhã na faculdade, estágio à tarde e aula no cursinho à noite. Sem contar nas horas no trânsito que eu enfrentava atravessando de um lado outro da cidade, literalmente, da Praça da Piedade para Jardim Armação. No meu círculo de amizades que tinha passado para a segunda fase, eu fui a única que perdi. Como estava no início do último ano de faculdade eu resolvi não fazer a prova seguinte da OAB, acabei fazendo a que teve no final do ano, na qual passei. Mas dessa vez não arrisquei a segunda fase de Direito Penal, contrariando os conselhos, mudei, e fiz Direito Administrativo.
     O ponto decisivo que me fez perder na prova foi não ter pedido o desentranhamento da interceptação telefônica, que no caso prático, se tratava de prova ilícita, já que esta prova somente é autorizada em crime cuja pena é reclusão, e não detenção como no caso que eu estava defendendo. Esse detalhe está previsto em legislação especial, não está no Código Penal.
    Esse domingo fiz a prova do CNJ, e não é que entre as preposições estava lá uma questão exatamente sobre isso, e eu lembrei da minha fatídica prova da OAB, e acertei. E não só, boa parte das questões de penal e processo penal respondi e acertei lembrando das coisas que tinha estudado para aquela segunda fase da OAB, já que essas matérias em mal consegui revisar nesses últimos dias.
   Se isso foi suficiente para eu ser aprovada no concurso do CNJ, eu ainda não sei. Não fiz uma pontuação excepcional, mas bem mediana, por sinal. Mas essa situação trouxe claramente e de maneira prática o que de fato significa o texto que tá lá em Romanos 8, versículo 28:

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”

    Esse versículo é bem conhecido por todos, e normalmente é o que a gente escuta diante de uma frustração ou uma derrota. Mas isso é uma VERDADE, uma PROMESSA. Nós temos uma visão muito limitada das coisas, os planos do Senhor são perfeitos, e NADA foge ao controle Dele. O que para nós significa uma perda, é de fato um ganho real, de vida, de experiências com o Senhor, ou pode até mesmo se concretizar, em um futuro próximo, numa vitória que buscamos.

   Essa verdade fica muito clara para mim no versículo 16, do mesmo livro de Romanos, mas no capítulo 9, que diz:

“ Assim, pois, não depende de quem quer ou quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia”

   Traduzindo: As minhas vitórias, as minhas perdas, as minhas lágrimas, e tudo mais o que eu possuo não são porque eu mereço, mas porque o Senhor usa de Sua misericórdia comigo, pois a minha vida não está sob o meu controle, mas Daquele que me gerou e me escolheu para ser sua. E serei eternamente grata e louvarei sempre o Seu nome! Louvado seja sempre, meu amado, Jesus!

2 comentários:

  1. Adorei, Bisse! Obrigada ! beijos!

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  2. Biaaaa.... vc escreveu exatamente o que eu preciso colocar na minha cabeça! Acreditar que os planos de Deus pra mim são melhores do que os que eu desejo! Que ele sabe tempo e hora que tudo deve acontecer e se realmente deve né? ! Obrigada pelo texto! Manoella Dias

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